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O Papafigo
USOS, HÁBITOS E COSTUMES
Autor: Valmir Simões
Papafigo era como chamavam em Itiúba uma figura lendária. As mães faziam questão de repassar as estripulias dessa estranha criatura às crianças, visando amedrontá-las para não saírem para a rua.
Eu tinha cerca de uns cinco anos e só de ouvir falar ficava de cabelos em pé e, de tanto medo, escondia-me embaixo da cama, em guarda-roupa, enfim, onde fosse mais difícil alguém me encontrar. A lenda era mais ou menos assim: o Papafigo tinha o aspecto de uma pessoa comum, mas, algumas vezes se apresentava como um velho barbudo trazendo um enorme saco de linhagem às costas, pouco aparecia, usava outras pessoas, um ajudante, para atrair crianças que ficavam brincando na rua ou aquelas que não obedeciam aos pais.
Dizia a lenda que para esta pessoa se alimentar e continuar vivendo tinha que sacrificar crianças, retirando o seu fígado. Minha mãe, com outras mães de amigos meus do mesmo tope, eram avisadas de que o Papafigo havia passado por Feira de Santana onde matara duas crianças e que já estava na cidade de Senhor do Bonfim, procurando meninos para comer o fígado. Para nós era um horror esse tipo de notícia e tínhamos que ficar brincando na sala com portas e janelas fechadas. Acredita-se que tal fantasia era usada para que as crianças evitassem o contato com pessoas desconhecidas.
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