Lendo a crônica "Almanaque Capivarol" do meu amigo Valmir Simões, publicada neste site, lembrei-me do famosíssimo "Almanaque do Pensamento", publicação anual, cuja aquisição não era gratuita como a dos almanaques Capivarol e Biotônico Fontoura, citados por ele. Meu pai não dispensava um na sua mesa de trabalho. Comprava-o quando ia a Salvador, por encomenda das pessoas que viajavam ou pelo correio, quando isso era possível. Quando deixou de trabalhar, os filhos faziam questão de presenteá-lo com a nova edição daquela publicação que, para ele, era uma preciosidade.
O Almanaque do Pensamento trazia informações importantes, tais como:
- Horóscopos
- Calendários
- Tábuas lunares e planetárias
- Dias favoráveis e desfavoráveis
- Guia astral
- Efeitos das fases da lua sobre as pessoas e as plantações
- Orientações sobre agricultura, pecuária e muito mais.
Meu pai repassava prazerosa e gratuitamente aquelas informações aos agricultores e pecuaristas que frequentavam o seu depósito de compra e venda de produtos da região. Eles seguiam as recomendações e depois agradeciam a boa colheita que era o resultado da plantação executada na época certa e propícia. Ele mesmo era um fiel seguidor das orientações contidas no almanaque e sempre fazia a sua consulta antes de tomar qualquer decisão.
O almanaque é publicado ininterruptamente há 93 anos (desde 1912) e ainda é vendido até hoje nas bancas de jornal com uma enorme tiragem anual.