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Almanaque Capivarol

USOS, HÁBITOS E COSTUMES
Autor: Valmir Simões

Almanaque Capivarol

 

O Almanaque Capivarol era um livrinho que tratava de vários assuntos como: datas festivas, feriados, luas, indicações úteis, trechos de literatura, poesias, anedotas e datas certas para o plantio. Era muito procurado pelos agricultores junto as farmácias de D. Ziru e do Sr. Soares. A procura era tanta que, às vezes, acabava o estoque em poucos dias. O agricultor não iniciava o plantio sem consultar o Almanaque. Não tínhamos oscilações nas estações, ninguém falava em camada de ozônio, em El Nino e outras maluquices que se ouve hoje em dia com relação às mudanças climáticas. O que o Almanaque falava era cumprido à risca. O agricultor fazia a cova, plantava e na data certa a colheita era garantida. No dia 19 de março (dia de São José) podia plantar que teria milho-verde no São João. Coisas daquele nosso tempo, quando os mais velhos tinham confiança nas informações.

O Almanaque Capivarol era, na verdade, o mais completo, apesar de o concorrente Biotônico Fontoura ter o seu Almanaque também, sendo que esse focava mais em palavras-cruzadas, cartas enigmáticas, piadas, caricaturas formadas por sequências numéricas, etc. A propaganda farmacêutica daquela época era feita por veículos que chegavam as cidades e trafegavam nas ruas e a meninada acompanhava para ganhar viseiras, canetas e envelopes do medicamento que estava sendo veiculado na propaganda. Lembro-me daquela do Melhoral que dizia: "Melhoral, Melhoral é melhor e não faz mal". Os medicamentos para dor de cabeça tinham uma publicidade muito forte, entre eles tenho lembranças de alguns: Cibalena, Veramon, etc

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