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A Semana Santa de Outrora
USOS, HÁBITOS E COSTUMES
Autor: Antônio Ricardo da Silva Benevides
Naquele tempo a Igreja Católica de Itiúba liderava 99% daquela comunidade que professava o catolicismo. Ainda não existia a mercantilização das atuais Igrejas Evangélicas, que têm ultimamente convertido muitas pessoas, principalmente os menos esclarecidos, com promessas de cura, sucesso e até a salvação. Durante os 40 dias de quaresma que antecedem a 6ª Feira da Paixão, Itiúba se transformava em um verdadeiro templo ao ar livre.
Missas eram celebradas diariamente, sempre as 19 horas, com a presença maciça daquele povo fiel a Deus. O sino da Igreja parava de badalar anunciando a realização da santa missa e as matracas tomavam o seu lugar, sinal de respeito naquele período tão sublime. Os trens que chegavam na estação, já não mais buzinavam, os poucos veículos também paravam de buzinar e grande parte da população também não se alimentava de carne. Os mais humildes compravam seus pescados, vindos dos açudes do Coité e de Camandaroba, na feira livre e os mais abastados, compravam o famoso bacalhau norueguês, na sortida barraca do Abelinho do Alto, instalada bem em frente ao saudoso “Bar Central”.
Na 6ª Feira da Paixão, uma multidão, capitaneada pelo vigário da Paróquia, se reunia no largo da Matriz e depois seguia a Via Sacra, lembrando as 15 estações, começando com a condenação à morte, até chegar o momento da ressurreição de Jesus Cristo. As católicas mais fervorosas, colocavam em frente as suas casas, uma pequena mesa, decorada com a imagem de Jesus Cristo, e em cada estação a multidão parava, para ouvir o “Canto de Verônica”, interpretado por Odete Campos, que com sua belíssima voz, comovia a todos nós, Itiubenses da Gema. Era assim, a Semana Santa em Itiúba nos anos dourados.
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