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Os Cochos do Tanque da Nação
TANQUE DA NAÇÃO
Autor: Valmir Simões
Naquele tempo, o velho tanque da nação era mais ou menos desta forma: “As águas das chuvas, formavam um pequeno riacho que passava por numa grande vala, feita com blocos de pedra e cimento, por toda a área do quintal do Sinhozão, totalmente descoberta. Após o muro que dava para a rua, era uma galeria subterrânea que ia dar no tanque da nação, na verdade, o maior volume de água que iria fazer o grande tanque sangrar. Pela parte da Rua Getúlio Vargas, uma antiga balaustrada que era o ponto certo dos encontros de namorados, do bate-papo dos jovens daquela época, dos amantes das noites de lua cheia, dos seresteiros. Margeando a aguada, uma mureta contornava todo o local onde existiam rústicas palmeiras de espinhos. O sangradouro do velho tanque despejava o excesso de água próximo à frente do correio, em uma vala e seguia o seu trajeto em frente à Usina, passava próximo à Padaria do Leitinho, Sete Casas, Baixinha nas proximidades da Oficina do Antônio Mota, Pontilhão do Cemitério, Riacho do Bel, juntando-se a outros córregos com destino ao Açude do Jenipapo. A entrada do Tanque ficava ao lado oposto da Rua Getúlio Vargas. Um mata-burro, feito com trilhos, separava um enorme portão das escadarias de cimento, até a lâmina d’água. Os dois cochos de cimento eram a salvação dos animais no dia a dia e nos longos períodos de estiagem a água era retirada do tanque em latas e despejadas nos locais apropriados para matar a sede dos animais. A água sempre foi esverdeada pela presença de muitas algas e golfo. Para quem não foi desta época aí está um retrato daquilo que foi o nosso tanque da nação. Já deviam ter mudado o seu nome “Fonte da Nação” “Lago da Nação” ou coisa parecida.
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