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Os Velhos Medicamentos

REMÉDIOS E MEDICAMENTOS
Autor: Hugo Pinto de Carvalho

Os Velhos Medicamentos

       

No meu tempo de criança em Itiúba, quando existia apenas a Farmácia Combate de Dona Ziru e não havia nenhum médico residente na cidade, a automedicação era bastante praticada pela população. Contra a dor de cabeça só existia o analgésico MELHORAL, que era tomado indiscriminadamente; criança com tosse tomava o xarope BROMIL - o amigo do peito; já adulto tomava o elixir PHIMATOSAN - com PH; os sofredores de prisão de ventre faziam uso das PÍLULAS de VIDA DO ROSS - pequeninas, mas resolvem; quem estivesse com anemia era obrigado a tomar o intragável EMULSÃO DE SCOTT (ÓLEO DE FÍGADO DE BACALHAU); criança raquítica ou com amarelão tomava o popular BIOTÔNICO FONTOURA; quem estivesse com verminoses tomava ANCILOSTOMINA - o remédio de Jeca Tatu; para feridas e cortes usava-se a POMADA MINÂNCORA e, finalmente, para limpar os intestinos da garotada que comia muita porcaria, era ministrado o famoso e temível PURGANTE DE ÓLEO DE RÍCINO, cujos efeitos deixavam qualquer um de quarentena no mínimo por dois dias correndo para o banheiro. É mole?        

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