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O Locutor Garboso

RÁDIO CULTURAL
Autor: Hugo Pinto de Carvalho

O Locutor Garboso

 

De todos os locutores da Rádio Cultural, e olha que foram muitos, sem dúvida alguma, o mais garboso de todos foi o Antoninho do Soares, que ao iniciar a abertura dos trabalhos caprichava na voz e na pontuação e arrastando todos os "erres" e destacando os "esses", começava assim: "Senhoras e Senhores, Boa Noite! São exatamente dezenove horas do dia 22 de maio do ano cristão de 1953 e neste momento estão entrando no ar as ondas sonoras do Serviço de Alto-Falantes da Sociedade Rádio Cultural de Itiúba, a Voz da Cidade, diretamente de seus estúdios situados na Avenida Getúlio Vargas, 1, esquina com a Praça da Matriz, no primeiro andar do Edifício Belarmino Pinto, por uma vasta e potente rede de sons alimentada pelos seus transmissores da marca Masco de 500 watts de potência filtrada, levando muita música para o deleite de seus ouvintes". Quem ouvia aquela apresentação e não soubesse que ele estava se referindo a um serviço de divulgação sonora com apenas três alto-falantes amarrados nos postes de luz da cidade, certamente ficava muito impressionado. Outros locutores que por lá passaram. Rogério: "enchia" todo mundo repetindo as músicas de Jorge Ben, principalmente "Chove Chuva", a noite toda. Manoel Carlos: fazia questão de ser o locutor no dia do aniversário do Sr. José Simões, pelos motivos já explicados em outra página deste site. Clóvis Carvalho queria organizar tudo fazendo antecipadamente a programação das músicas a serem tocadas, com até 3 dias de antecedência e no fim nada dava certo.

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