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Seu Zé Simões

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Autor: Valmir Simões

Seu Zé Simões

 

 

São seis horas da manhã de um dia qualquer, chovendo ou não, um horário sagrado para sair de casa em direção ao seu armazém, roupa na cor cáqui clarim, paletó e calças no mesmo tom, sapato preto, chapéu de baeta, óculos escuros e o inseparável quente-frio em uma das mãos, este era o jeitão do meu saudoso Pai (Zé Simões), um cara de uma bondade sem tamanho, querido por todos, filho de uma tradicional família, os “Simões”.

Alegre, festeiro, no dia 27 de setembro de cada ano promovia, uma festança no seu armazém, distribuindo bebidas, doces, balas, e licor de Jurema, para todas as pessoas que ali chegavam, tinha gente que ficava bêbado escornado pelas calçadas e ele não ficava fora da folia, eu tomava conta da chave da venda, comprava uma infinidade de ingressos no cinema e distribuía para muitas pessoas. Era um filho gêmeo com meu tio Juca, que este nasceu 5 minutos depois, ele sorria dizendo ser mais velho do que ele 5 minutos apenas, apesar de serem gêmeos, tinham comportamentos diferentes, meu pai tomava uns tragos, fumava, dançava, curtia mais a vida, no entanto, o seu irmão era completamente diferente, da Festa de São Cosme 27/9 ele não participava, ignorava a data.

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