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O João do Bombo e a Loteria
PESSOAS
Autor: Humberto Pinto de Carvalho
Não sei o seu nome completo. Era conhecido como João do Bombo. Tudo indica que era músico de uma das filarmônicas: 8 DE DEZEMBRO ou 2 DE JULHO. Do instrumento que, provavelmente, tocava surgiu o seu apelido. Lembro ter um filho de nome Pistão. Esse era da nossa época e nada tocava. Certamente por simbiose herdou a alcunha. Pouco falava, mas, em certa ocasião, numa roda de pessoas amigas, saiu a informação de que o João Morais, filho da Terra e morador da Capital, havia acertado e ganhado muito dinheiro na loteria. Então o João do Bombo falou: - Todo mundo acerta na loteria e eu não. Outro comentou: - É por que você compra poucos bilhetes. E ele, zangado, gritou: - Nunca comprei. Não gasto meu dinheiro com jogo.
São personagens assim, inocentes, sem malícia, que fazem falta em Itiúba hoje. O progresso ou, quem sabe, a falta de segurança, eliminou o contato físico nas cidades localizadas no interior. Está faltando um bom contador de piadas e também de factos, como o saudoso Pombinho Pinto, homem valente, firme e que detinha um recorde na região: era o cidadão que tinha o maior número de afilhados. Nos dias da Semana Santa formavam filas na sua porta para receber a sua bênção. Costume que desapareceu e, quem sabe, embruteceu a meninada que não sabe quem é o seu padrinho, mas, sabe de cor os nomes dos jogadores de futebol, pagodeiros e outras dispensáveis "celebridades". Que o João bata seu bombo onde estiver. Que seu filho Pistão, que não era músico, descubra quem lhe deu aquele apelido. Que a sorte bafeje aqueles conterrâneos que jogam na mega sena e no bicho. O que pode acontecer ao fértil imaginário dos experientes filhos de Itiúba?
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