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A Serra Velha e o Banho de Xixi II

PERSONAGENS POPULARES E COMUNS
Autor: Max Brandão Cirne

A Serra Velha e o Banho de Xixi II

 

Devo dizer que o título não é meu para que eu não seja amaldiçoado como plagiador. O título pertence ao saudoso Valmir Simões, o qual acabo de ler no rico site de Itiúba uma das suas crônicas assim titulada. Porém, minha interferência é para dizer que fui ameaçado, e muito, por uma senhora de nome ou apelido Celidônia, a quem chamávamos de “cara de gata ladrona”. Ela morava com sua irmã Senhora Pombinha, numa casa que ficava quase na frente do armazém do pai do Valmir.

Durante uma reforma feita na Escola Goes Calmon, fomos, a minha classe, sob a regência da saudosa e querida professora Lígia Mutti de Carvalho, estudar no serviço de Rádio Cultura de Itiúba que era o sobrado onde ficava o serviço de alto-falantes dirigido pelos irmãos Fernando e Huguinho. Na volta para casa, costumávamos escancarar as bocas e gritar: “Celidônia, cara de gata ladrona!" na janela. Era uma senhora que tinha problemas mentais, e, era simplesmente atacada de apoplexia, gritava pelos pais dos moleques que éramos nós, praguejava aos quatro céus e dizia as mais absurdas pornofonias inimagináveis para pessoas comuns, sem conseguir esgotar o seu baixo repertório, nos premiava com os mais infames impropérios. Ela guardava os excrementos humanos (fezes e urina), produzidos na noite, num penico, com o qual sempre tentava nos alcançar. Tudo em vão, pois, ela na sua tresloucada ação sempre anunciava com antecedência, pelo que nos preveníamos a contento. Mas, era uma pobre mulher que os pecados da inocência não poupavam. Deus nos perdoará. Ela conseguiu algumas poucas vezes alcançar com seu penico de excrementos, muitas pessoas, por norma, inocentes passantes desavisados.                                                                                      

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