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ORIGENS, HISTÓRIA E PROGRESSO
Autor: Raimundo Barreto de Freitas (Texeirinha)
OS SAUDOSOS CARNAVAIS
Os carnavais do passado eram, sem dúvida, mais animados do que os de hoje. Tínhamos dois Clubes recreativos: o DOIS DE JULHO, que até hoje tem sede própria, que fica em frente a Prefeitura, promovia blocos e carros alegóricos que percorriam as praças e ruas da cidade com sua Rainha desfilando acompanhada de suas princesas. O FERROVIÁRIO, comandado pelo dinâmico João Martins, que organizava o bloco da MULlNHA. O seu baile noturno era realizado no prédio de propriedade, na época, do Seu Filó Damasceno, esquina hoje da Rua Joviniano Carvalho e a Avenida Getúlio Vargas. Todos os anos saiam os desfiles sempre apresentando novidades, porém, sem nenhum ajuda de dinheiro público. Na verdade, o Clube não era mesmo de alugar palanque e contratar Bandas de Forró. Parece até que os itiubenses são insensíveis e que não sabem separar as belas coisas com garbo e alegria. Carnaval passou a atender a politicagem e nada mais.
PADRE LANDUALDO VARJÃO
Na década de 1940 chegava a Itiúba, procedente da cidade de Senhor do Bonfim, um vigário simpático e que logo se tornou amigo de todos. Padre Landualdo, ao assumir a Paróquia, tratou de reativar as tradicionais festas religiosas. Promoveu outros trabalhos como da Congregação Mariana que despertou em quase todos os moços da cidade e da zona rural a fé católica. Assim como chegou, sem avisar, também deixou Itiúba, depois de muitos anos de sacerdócio. Como não apareceu determinado dia para rezar a Santa Missa, muitas fiéis foram a sua casa e para surpresa estava fechada. Um clima de medo tomou conta de todos. Como não havia a facilidade de hoje para se saber o acontecido, logo um emissário foi à sede do Bispado e lá ficou sabendo que o Padre Landualdo renunciara sua missão evangélica e viajou para residir na capital do estado. Nunca voltou a nossa Terra para justificar o seu ato.
DOIS MÉDICOS
Na história de Itiúba dois médicos se destacaram. Dr. Heitor de Souza Dantas e Manoel Augusto Meira de Araújo. O primeiro casou com uma itiubense, D.Antonieta, e por aqui ficou. Além de bom clínico, também, era um grande parteiro. Com seu trabalho competente e humanitário e por gratidão ao povo, o Governador do Estado nomeou-o, em 1942, prefeito. O segundo, também chamado de Manuelzinho pelos íntimos, dedicou a sua vida a servir ao próximo sem olhar se havia ou não condições financeiras para ressarcimento das despesas. Não tinha hora para atender quem batia à sua porta. Chegava a comprar com seu dinheiro os remédios para seus pacientes pobres. Ambos merecem nosso reconhecimento e gratidão.
AÇUDE JACURICI
Nos idos de 1950, a construção do Açude Camandaroba estava no auge. Ocorre que a grande obra trouxe muitas famílias dos municípios vizinhos, criando alguns problemas para os moradores da cidade. Itiúba não estava preparada para receber os engenheiros e técnicos do Departamento Nacional de Obras as Secas (DNOCS). Porém, todos estavam satisfeitos e, ao mesmo tempo, gratos ao Dr. Rômulo Campos, carioca e Diretor-Geral, pelo esforço empregado para trazer para nossa terra o maior Açude de água doce da Bahia.
INESQUECÍVEL BELARMINO PINTO
Seu Belarmino ou Seu Belau, como era conhecido, também foi Prefeito de Itiúba durante vários anos. Líder nato, homem de poucas letras, mas, de muito carisma. Um nome que guardamos com carinho, por reconhecer seu grande trabalho e sua dedicação ao nosso povo. Sua residência parecia que tinha festa todos os dias. Sempre cheia e acolhedora. Um grande político e um grande itiubense. A sua luta pela emancipação municipal em 1935 marcou sua vitoriosa trajetória.
SERVIÇOS DE ALTO FALANTES
Antes existiam os chamados palhaços de perna-de-pau que anunciavam os espetáculos dos circos que passavam pela cidade. Faltava em nossa terra um órgão de divulgação voltado para a cultura e desenvolvimento comercial. Porém, em 1949, um grupo de jovens formado pelo Bertinho, Osvaldo Campos, Sandoval, Edvaldo, Edmar e outros mais velhos como Carlos Pires, João Clímaco, incentivados por Seu Belarmino, dono do prédio que fica na esquina da Avenida Getúlio Vargas com a Praça da Matriz, cedido sem nenhum ônus para ali serem instalados os equipamentos do primeiro serviço de altos falantes da cidade, denominado Rádio Cultural de Itiúba. Aquela casa cultural prestou ao município, durante alguns anos, grandes trabalhos. Também, naquele local, eram realizadas as festas dançantes, programas de calouros e diversas atividades culturais. Mas, o que faz lembrar com saudade são as músicas românticas dos cantores e cantoras, como: Ângela Maria, Núbia Lafaiete, Augusto Calheiros, Carlos Galhardo, Vicente Celestino, Dolores Duran, Orlando Silva, Alternar Dultra e muitos outros, sem esquecer as crônicas lidas pelos seus locutores as 6 da tarde hora da Ave-Maria.
O DELEGADO DENTISTA
Há quarenta anos, chegava a Itiúba um cidadão magro, sorridente, que procurava uma cidade para instalar seu gabinete dentário. Não era um odontólogo, era um prático que sabia extrair dentes e colocar dentaduras postiças nos desdentados. Ganhou muita fama e pouco dinheiro com sua profissão. Esse pernambucano de Arco verde, não demorou a mostrar o seu lado policial. Voluntariamente participava das investigações e logo chegou ao cargo de Delegado de polícia do Município. Executou suas tarefas consideradas boas para alguns. Para outros, porém, seus métodos não estavam compatíveis com os direitos individuais do cidadão. Julgar não é o nosso caso. Contudo, ficou no cargo por muitos anos sob a guarda da corrente política chamada na época de virgilista. Seu nome de batismo era Antônio de Carvalho Queiroz, mas era conhecido apenas por Queiroz. Um que aqui veio para ficar.
MONTE SANTO
O vizinho município de Monte Santo muito contribuiu para a organização da nossa sociedade. No século passado para cá vieram fixar residências algumas famílias de lá – umas atraídas pelas nossas terras férteis, outras pelas oportunidades de negócios e pelas facilidades da passagem da Estrada de Ferro. Para ilustrar vamos mencionar algumas: Os Carvalhos, os Dantas, os Benevides, os Morais, os Ramiros, os Cruzes, os Alves e os Barbosas. Sabemos que outras chegaram depois, mas, essas foram as pioneiras.
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