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O Mingau de Queixinho

FUTEBOL
Autor: Hugo Pinto de Carvalho

O Mingau de Queixinho

           

Em 1950, logo após a Copa do Mundo, os torcedores itiubenses, talvez querendo esquecer “A Tragédia do Maracanã”, quando o Brasil perdeu para o Uruguai, resolveram organizar um torneio de futebol entre as ruas da cidade, que foi realizado ainda no pequeno campo do Alto do Vintém, local em que, depois, foi erguido o prédio do Ginásio Municipal Antônio Simões Valadares. Com os melhores jogadores, a rua do corte inegavelmente era a favorita e, por isso, chegou fácil a final. Porém, o que ninguém imaginava aconteceu. O Queixinho, seu melhor jogador, goleador e líder em campo, não fez nenhum gol, e manteve-se visivelmente irreconhecível durante toda a partida. Resultado: a rua da estação ganhou o jogo e foi a campeã do torneio. Descobriu-se, depois, que o Queixinho “fez corpo mole” em troca de vários copos de mingau de milho, pagos por um fanático torcedor da equipe adversária. Ele sempre negava o fato, mas suas explicações e desculpas para o ocorrido não convenciam os irados e inconformados torcedores e diretores da equipe derrotada que, por muitos anos, lhe barraram em outros jogos.

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