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A Mulinha do João Martins
FOLCLORE
Autor: Valmir Simões
Carnaval e futebol eram duas paixões do saudoso João Martins, pessoa que conheci bem de perto por trabalhar na Leste, próximo a minha residência. Era um festeiro por natureza, sempre estava à frente da formação de blocos carnavalescos, de preferência aqueles que tinham origem na Rua da Estação e Rua São Gonçalo. A mulinha era sua paixão, uma simples armação de madeira fina, acolchoada de sisal e tecido para dar a formação e aparência de uma pequena mula que tinha no seu dorso um buraco para que o figurante colocasse o corpo e duas correias que serviam como grandes suspensórios, preso aos ombros, para sustentar toda aquela armação. Colado ao dorso, saiam duas pernas que eram feitas com meiões de futebol e acolchoados para dar uma aparência semelhante às pernas do condutor. De longe mal se notava serem pernas artificiais.
De preferência quem saia conduzindo a mulinha era o João Martins, muito bem fantasiado, roupas com cores berrantes, própria para o dia e a mulinha com a forração toda em chitão com imensas flores. Era muito divertido e já fazia parte do carnaval de Itiúba. Às vezes quando a coisa apertava, isto é, as despesas excediam, eram feitas rifas “Raid das Moças”, ou os estabelecimentos comercias assinavam o “Livro de Ouro”, colaborando com diferentes quantias para que a mulinha não ficasse ausente do carnaval de Itiúba.
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