ÍNDICES
-AÇUDES, RIOS, RIACHOS, TANQUES E CACIMBAS
-ADMINISTRAÇÃO E AUTORIDADES MUNICIPAIS
-APARELHOS, INSTRUMENTOS E UTENSÍLIOS
-BAIRROS, RUAS, PRAÇAS E LADEIREAS
-CASARÕES E PRÉDIOS HISTÓRICOS
-CIRCOS E PARQUES DE DIVERSÕES
-CLUBES, BANDAS E FILARMÔNICAS
-CRENÇAS, RELIGIÕES E SUPERTIÇÕES
-ESTABELECIMENTOS E EMPREENDIMENTOS COMERCIAIS
-ESTRADA DE FERRO, ESTAÇÃO, TRENS
-FENÔMENOS E CATÁSTROFES NATURAIS
-ORIGENS, HISTÓRIA E PROGRESSO
-PERSONAGENS POPULARES E COMUNS
Blog
A Malhação do Judas
FESTAS
Autor: Valmir Simões
Como era feito todos os anos, bem antes da Semana Santa, o festeiro João Martins já passava pelas casas de sua vizinhança, solicitando roupas, calçado, chapéu, camisa e gravata para vestir o Judas do Sábado de Aleluia, não faltando mulambos e sacos de estopa e linhagem para encher o corpo do satânico boneco. Algumas pessoas rejeitavam dar as suas vestes, por mais velhas que fossem, para vestir o Satanás, porque acreditavam que aquele ato lhes trariam agouro para o resto da vida. Os fogos ficavam a cargo do “Bango” lá da Rua do Chamego. Na noite do sábado lá estava em frente à pensão de Dona Luiza, próximo à estação, um caibro de madeira enfiado no chão e o boneco todo bem-vestido no alto, recheado de bombas. No horário determinado da noite, o João Martins acendia um caniço de pólvora, próximo às mãos do Juda e tudo virava fumaça, estampidos e fogo, destruindo a figura do traidor de Cristo. Os restos de roupas fumegantes se espalhavam por todo canto e a meninada caia de pau e pedra, acabando de destroçar o que tinha sobrado. Após a queima dava-se inicio à festança no Clube dos Ferroviários, sob o comando de quem? Do saudoso festeiro João Martins, claro!
Comentários
(0) Comentários...