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A Grande Orquestra

FESTAS
Autor: Hugo Pinto de Carvalho

A Grande Orquestra

 

Para a inauguração do “Grande Rink” da Sociedade 2 de julho em 1950, foi convidado o eminente político Luís Regis Pacheco Pereira, então candidato ao governo do estado, que além de aceitar o convite também levou toda sua alta comitiva de campanha e ainda uma orquestra completa como cortesia para o baile inaugural da grande obra.

Tudo muito bonito com uma festa que até parecia de cinema, os cavalheiros trajados de ternos brancos completos, com direito a gravata “borboleta”, e as damas de vestidos longos e rodados, e o uísque correndo solto por conta da comitiva do candidato a governador. Tudo corria bem, e ninguém queria perder uma oportunidade daquelas de dançar ao som de uma grande orquestra de verdade vinda especialmente da capital, até quando lá para a meia-noite o maestro resolveu mudar o repertório de boleros e outras músicas populares, para o pouco conhecido ritmo cubano de “Mambos e Rumbas” e aí, de repente, a pista de dança ficou meio vazia, pois nem mesmo os integrantes da comitiva política demonstravam habilidade em dançar o ritmo caribenho, até quando o Sr. Almir Ferreira teve a ideia de cochichar ao ouvido do inovador maestro, que fez a orquestra voltar aos ritmos anteriores para alívio dos dançarinos itiubenses.

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