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As Pedras de Amolar

ESTABELECIMENTOS E EMPREENDIMENTOS COMERCIAIS
Autor: Valmir Simões

As Pedras de Amolar

         

Naquele tempo, na nossa feira aos sábados, de tudo tinha um pouquinho, em razão de vir comerciantes de toda a redondeza.

Vinha uma vez por mês um senhor que trazia um tipo de mercadoria um tanto estranha, eram pedras de vários tamanhos, as famosas pedras de amolar do Cumbe. Cumbe teve o seu nome mudado, depois, para Euclides da Cunha. Para quem conhecia uma verdadeira pedra de amolar, essas eram as preferidas para amolar e afiar ferramentas (Facas, facões, machado, etc.). Sua mercadoria não infusava, parecia que já tinha freguês cativo. Certa vez deixou quatro pedras lá no quintal da venda do meu pai, pois seus fregueses não vieram à feira naquela semana. Voltava para o Cumbe sempre de mãos vazias e o dinheiro no bolso. Era um ramo de negócio estranho, mas lhe rendia bons trocados. Ele dizia que lá na feira do Cumbe, os jegues chegavam carregados de pedras em caçuás e eram vendidas às rumas como se faziam com as melancias.

Eu penso que em todas as residências, naquela época, havia uma pedra de amolar lá em um cantinho do quintal, ou não? Na minha tinha.    

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