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A Escola Goes Calmon IV
ESCOLAS
Autor: Humberto Pinto de Carvalho
Sempre recordo o tempo que estudei na Escola Góes Calmon, que desde 1926 funciona no mesmo prédio, na antiga Rua da Estação. Lembro dos colegas e das Professoras, em especial D. Celina e D. Hilda Mendonça, minhas únicas professoras, que além de bem ensinar, não esqueciam os seus ex-alunos. Quando qualquer um galgava os degraus na dura escada da vida profissional, mesmo após aposentadas, sempre nos encontravam pessoalmente, por carta ou telegrama, com uma mensagem de incentivos e parabéns.
Nunca fui músico amador sequer. Fui, sim, corneteiro nos desfiles da Escola nas datas festivas e religiosas. Devo ter sido um aluno com média regular, pois, quando um colega tinha dificuldade no aprendizado, elas recomendavam procurar-me. Naquela época ficava até chateado. Não tinha a percepção de hoje e nem percebia aquele gesto como um referencial.
Para despertar outros alunos a escrever, não só “das Mendonças”, como eram carinhosamente chamadas, vou tentar narrar um fato acontecido. As aulas começavam às 8 horas, com todos os alunos em pé na sala. O Hino Nacional ou outro era cantado. Aconteceu que um dia choveu muito e as ruas ficaram intransitáveis. Poucos alunos conseguiram chegar ao Prédio Escolar. Fui um que chegou e lá encontrei o colega Raimundo Mutti (depois conhecido como Barateiro). Logo chegaram outros, Renato (Quinquim), Milton (Pompílio), Virgílio, Hermes, Augusto Castro, Yara e Ana, que moravam na casa vizinha a Escola (irmãs do Barateiro). Esta última, para mim, era exemplo de coragem e disposição, pois, tendo dificuldade para se locomover, usava duas muletas e dispensava qualquer ajuda para chegar a Escola. Sem nada para fazer, os meninos convidaram o Raimundo para olhar se a cisterna existente no muro tinha água. Retirada a tampa e verificado que estava seca, pedimos a ele para entrar. Logo que ele entrou, por brincadeira, colocamos a tampa e neste exato instante a Professora chegou e todos nós corremos para a sala de aula. O coitado ficou lá. Neste dia na aula não se cantou nada, apenas, inventamos brincadeiras como passatempo. Dez horas, todos foram dispensados e todos foram para casa. Ninguém se lembrou do Barateiro. Depois que almocei veio o “estalo” e o colega? Corri e no caminho fui chamando os colegas. Puxamos a tampa e lá encontramos o Raimundo quase desmaiado. Final feliz para ele e para nós os aloprados de então.
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