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Blog
O Café Amargo
ENGRAÇADAS
Autor: Hugo Pinto de Carvalho
Dino foi um garoto que morava em um improvisado barraco à beira da estrada de ferro no final da rua do corte, onde passava o dia inteiro sozinho esperando por sua mãe que saía sempre bem cedo para trabalhar só voltando à noite, e não se sabe, se por esquecimento ou mesmo por falta de alimentos, deixava o próprio coitado muitas vezes sem comer nada. Como o garoto era esperto, sempre ia todas as manhãs pedir a minha mãe um cafezinho, e ela em sua infinita bondade, providenciava uma grande caneca de café com leite, pão com manteiga, cuscuz e às vezes, até farofa com carne assada, que o Dino papava em instantes, porém, logo voltava ao seu "exílio".
Por muito tempo eu presenciei este ritual do Dino, e um dia, minha mãe esqueceu de colocar o açúcar no café e, quando se lembrou e voltou para adoçá-lo, o Dino, rápido como sempre, já havia terminado seu habitual desjejum. Quando ela lhe perguntou se o café estava bom, para ter certeza se esquecera mesmo do açúcar, ele, meio encabulado, pensou, olhou meio desconfiado e finalmente respondeu: - Oh amargor, Dona Maria!
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