ÍNDICES
-AÇUDES, RIOS, RIACHOS, TANQUES E CACIMBAS
-ADMINISTRAÇÃO E AUTORIDADES MUNICIPAIS
-APARELHOS, INSTRUMENTOS E UTENSÍLIOS
-BAIRROS, RUAS, PRAÇAS E LADEIREAS
-CASARÕES E PRÉDIOS HISTÓRICOS
-CIRCOS E PARQUES DE DIVERSÕES
-CLUBES, BANDAS E FILARMÔNICAS
-CRENÇAS, RELIGIÕES E SUPERTIÇÕES
-ESTABELECIMENTOS E EMPREENDIMENTOS COMERCIAIS
-ESTRADA DE FERRO, ESTAÇÃO, TRENS
-FENÔMENOS E CATÁSTROFES NATURAIS
-ORIGENS, HISTÓRIA E PROGRESSO
-PERSONAGENS POPULARES E COMUNS
Blog
A Estação Ferroviária, a Mala e o Carregador
ENGRAÇADAS
Autor: Fernando Pinto de Carvalho
Os trens de passageiros passavam pela cidade às quintas-feiras e domingos às 8h, quando vinham de Salvador, e às 22h30min, quando iam para lá. Uma hora antes da chegada dos trens a estação já estava repleta de gente. Eram vendedores de mingau e de cuscuz, carregadores de malas, mulheres vendendo bolsas de palhas de licurizeiros feitas lá mesmo, pessoas que iam embarcar ou receber parentes e amigos e muitos que iam lá somente para se divertir. A vendedora de bolsas e sacolas de palhas de licurizeiros mais ativa era D. Mariazinha dos Cambecas, que além de vender as delas aos passageiros, comprava as das outras vendedoras quando elas não conseguiam vendê-las no trem.
Um dia, quando o trem de passageiros que vinha de Salvador chegou, o carregador de malas chamado Cândido, começou, como sempre fazia naquelas ocasiões, a pedir as malas das pessoas que ele achava que estavam descendo. Entregaram-lhe uma mala enorme pela janela da classe. Depois que o trem partiu, ele ficou meia hora esperando o passageiro que lhe entregara a mala e este não apareceu. Aconselhado pelas pessoas presentes, ele se dirigiu à Rádio Cultural e deixou a mala lá para que reclamássemos a presença do dono. Fizemos isso durante vários dias e ninguém apareceu. Sem sabermos o que continha a enorme e pesada mala, resolvemos levá-la para a Delegacia de Polícia. Lá o Delegado e o Escrivão abriram-na na nossa presença e ficamos sabendo que ela estava cheia de camisas, meias e cuecas novas, ainda embaladas. O Delegado mandou o Escrivão fazer um "termo de guarda", colocou a mala sobre um armário e disse que o caso estava encerrado.
Tempos depois começamos a notar que algumas pessoas andavam usando camisas e meias muito parecidas com aquelas da misteriosa mala...
Comentários
(0) Comentários...