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Pão e Pólvora

DIVERSOS
Autor: Valmir Simões

Pão e Pólvora

     

Sempre que se aproxima o mês de junho, tenho boas lembranças da minha terra. Coisas engraçadas e estranhas daquele tempo não há como esquecer. “Não tendo a cabeça do índio, não é Fogos Caramuru”, assim era a propaganda daquele tempo, estampada nas prateleiras improvisadas e ornamentadas com bandeirolas, na velha e antiga padaria do Seu João de Castro. Entre pães, bolachas, bolachões, biscoitos cavaco, etc., lá estavam bombas, traques, foguetes, espadas, cobrinhas, as perigosas bombas de bater e uma infinidade de produtos pirotécnicos, um verdadeiro paiol de pólvora, no centro da cidade. Acredito que por detrás de alguma das portas existia aquela plaquinha que dizia: “Deus esteja nesta casa” e estava mesmo, pois no beco do açougue eram feitos testes dos fogos e nunca aconteceu nada.

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