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As Balas Jota-jota

DIVERSOS
Autor: Valmir Simões

As Balas Jota-jota

 

Quem foi daquele tempo ainda se lembra daquelas balas em forma de batom, vendidas em todos os cantos de Itiúba e que a meninada adorava, pois vinha enrolada com uma notinha de dinheiro falso. Conheci alguns comerciantes que, por não terem uma boa visão, acabavam sendo ludibriados, ou seja, levava, a nota para perto dos óculos e acabavam aceitando como verdadeira. Uma dessas casas comerciais ficava em frente ao cinema e o atendimento no balcão era feito pelo marido e a mulher, todos com a visão curta e era aí que os espertos se aproveitavam e compravam o que queriam como: pães, bombons, cocadas e o famoso bolachão fabricado pelo Arsênio e que tinha um cheiro terrível de amoníaco que se fosse atualmente a saúde pública interditaria a fabricação do produto por ser prejudicial ao ser humano. No balcão comercial desse senhor existiam umas antigas bombonieres de vidro com a tampa de alumínio voltada para o interior do balcão e uma delas, apresentou uma rachadura e caiu um pedaço do vidro, então foi feito um remendo com papelão colado com uma papa de farinha de trigo. Alguém desviava a atenção deste senhor e aos poucos foi folgando o remendo de onde subtraia Drops Dulcora, Pastilhas de Hortelã e Pé de Moleque. Quem fazia isto eu não conto em respeito ao bom amigo, ele sorria bastante quando acontecia este fato, era só dar vontade de merendar, não tinha dúvida. Deus é testemunha.

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