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A Risada do Peroci

DIVERSOS
Autor: Hugo Pinto de Carvalho

A Risada do Peroci

         

Até a década de 1960, era razoável o número de jovens itiubenses que estudavam em Salvador e quando retornavam durante as férias de fim de ano, a cidade ficava mais movimentada e mais alegre, e era motivo para promover festinhas na Rádio Cultural, no Grêmio e no tradicional Clube Dois de Julho e participar da seleção de futebol da localidade.

Porém, quem chamava mais a atenção era o nosso amigo PEROCI, filho de Dona Nazinha, itiubense proprietária de um pensionato próximo à Estação da Calçada em Salvador. O moço não dançava nem jogava futebol, mas criou um tipo de risada que mais parecia um berro, e fazia questão de "encená-la" todas as noites pelas ruas, jardins e nas imediações da balaustrada do velho Tanque da Nação, despertando a curiosidade e perturbando todo mundo. É bem verdade que ficou famosa a tal risada, mas odiada também, principalmente pelos moradores da Avenida Getúlio Vargas, como D. Iaiá da Pensão Vitória, que chegava até ameaçar chamar a polícia, alegando que seus “urros” estavam incomodando seus hóspedes. Hoje com seus 77 anos (safenado), coincidentemente morando no mesmo bairro em que eu moro em Feira de Santana, sempre nos encontramos e conversamos sobre os bons tempos de adolescentes na velha e querida Itiúba. Concordamos que não dá para esquecer. 

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