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A Farmácia da Dona Ziru e o Malandro

DIVERSOS
Autor: Fernando Pinto de Carvalho

A Farmácia da Dona Ziru e o Malandro

 

A Farmácia funcionava na sala da frente da própria residência da Dona Ziru. A casa era grande e ela deixava a Farmácia aberta e ia para a cozinha ou para o quintal cuidar dos afazeres domésticos, enquanto não apareciam fregueses. Um malandro da cidade descobriu que ela deixava o cofre com a porta apenas encostada e passou a aproveitar os momentos que ela cuidava da casa para retirar dinheiro de lá. Tirava aos poucos para que ela não notasse, mas ia lá quase todos os dias. A população da cidade começou a notar que o rapaz passou a comprar rádios, cavalos, relógios e roupas caras sem fazer nada para ganhar o dinheiro que estava gastando. Para aqueles que perguntavam onde estava arranjando dinheiro, dizia que conseguia tudo com uma viúva rica. O Delegado de Polícia, Teixeirinha, não acreditou na história e começou a investigá-lo, acabando por desmascará-lo. O malandro confessou tudo, mas fez questão de ressaltar que não havia mentido para a população, porque o dinheiro vinha do cofre de Dona Ziru e ela era, realmente, uma viúva rica.

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