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Dínamo de Bicicleta, o que é isso?

CURIOSIDADES
Autor: Fernando Pinto de Carvalho

Aposto que muitas pessoas com menos de 30 anos nunca ouviram falar de dínamo de bicicleta, mas nem sempre foi assim. Até a década de 70 o aparelho era um acessório indispensável, muito útil e caro para bicicletas, principalmente no interior, incluindo Itiúba, onde a energia elétrica não chegava e as ruas esburacadas eram mal-iluminadas e perigosas. O dínamo não passava de um pequeno aparelho que gerava energia elétrica a partir da energia cinética, ou seja, ao manter contato com o pneu da bicicleta em movimento ele girava ímãs que produziam eletricidade para acender uma lâmpada no guidão da bicicleta. A iluminação não era das melhores, mas satisfazia às necessidades. Para funcionar, o dínamo necessitava de movimento ininterrupto e isso era um problema, pois, quando a bicicleta parava, a luz apagava e quando a sua velocidade desacelerava, a iluminação diminuía proporcionalmente.

Nas décadas de 60 e 70 em Itiúba existiam poucas bicicletas com dínamos, embora a iluminação e as condições das vias públicas não fossem boas. Na época, os preços dos dínamos disponíveis para venda não eram muito acessíveis e esse, talvez, seja o motivo da baixa demanda. Depois surgiram faróis de bicicletas que usavam pilhas, mais práticos e cuja iluminação não dependia da velocidade das pedaladas do ciclista. Ainda hoje existem dínamos à venda, alguns mais modernos, com até carregador de celular.