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Eucalipto, Oiti e Tamarineiro
COMPORTAMENTO
Autor: Humberto Pinto de Carvalho
Por sua resistência e beleza, quase todas as sedes dos municípios, do Piauí à Bahia, foram plantados eucalipto, oiti e tamarineiro nas ruas e praças. Recordo apenas três pés de OITI, árvore – símbolo em algumas cidades do nordeste, sempre verdes e frondosos na nossa Itiúba. Um fica na frente do sobrado do senhor Belarmino Pinto de Azeredo na Avenida do mesmo nome, que deve ter sido plantado em 1927, quando terminaram as obras da construção desse prédio, que deveria hoje ser tombado pelo Poder Público Municipal. Resta um dos dois plantados na Rua Manso Sampaio, entre a casa antiga de D. Conceição e a atual Casa Paroquial.
Nos idos de 50/60 apareceram os FÍCUS para embelezar os jardins e avenidas. Também são lindos, mas não resistiram à praga conhecida como “lacerdinha” que infestou a cidade e por questão de saúde pública foram cortados e até queimados. Restaram poucos exemplares.
Outros que não tiveram a sorte dos oitizeiros foram os tamarineiros, nativos da África, trazidos pelos colonizadores. Recordo de um na frente da casa do senhor Manoel Barbosa de Souza (temos no acervo da ONG Itiúba uma fotografia). Outro ficava na frente da casa residencial que na minha infância pertencia ao senhor Filadelfo Damasceno, atrás do Núcleo Escolar Belarmino Pinto, ao lado do Estádio Raimundo Araújo. Minha família, que morava no n.º 14, na Rua Manso Sampaio, nos idos de 1940/41, resolveu reformar a casa do telhado ao piso, fez com que meu pai, Joviniano Carvalho, alugasse a casa de propriedade do senhor Filó. Lá existia o maior e certamente o mais velho tamarineiro de Itiúba. O primeiro desapareceu quando da abertura da Av. Belarmino Pinto e segundo não sei até hoje quem decretou sua sentença de morte. Sem dúvida, a primeira muda que presenciei fora o plantio do EUCALIPTO no fundo da residência construída pelo meu tio Manoel Pinto Primo, vendida ao senhor Augusto Moura e hoje pertencente ao senhor Aliomar Simões. Cresceu no mesmo período que nós os filhos da década de 40.
Coincidentemente há três anos passei a residir na Região Metropolitano de Salvador e na área da casa tem um pé de groselha, que me lembrou a Pensão de D.Maroca Valadares na Rua da Estação. Ela criava galinha, saqué e perus e tinha como filho adotivo o José, que ficou conhecido com Zé Vaqueiro de Peru por todos os alunos da Escola Góes Calmon ao facilitar o acesso ao muro da Pensão, bem ao lado do “Vira-mundo”, para catar aquela frutinha azeda de cor amarela.
Que a sorte continue bafejando os dois oitizeiros restantes e que as lembranças dos tamarineiros, que se foram em nome do progresso urbano, sirvam de exemplo de que o meio ambiente não é filho do acaso.
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