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A Festa da Padroeira
COMEMORAÇÕES E FESTAS
Autor: Djalma Lino dos Anjos
Às vezes, apurando a memória, surgem lembranças de fatos engraçados e que talvez nem todos os leitores achem interessantes. Para mim, porém, tudo que recorda personagens que marcaram a vida em Itiúba é importante. Era dia 8 de Dezembro, data em que se homenageava, com muita pompa, a Padroeira da cidade, Nossa Senhora da Conceição. A Praça da Matriz estava toda iluminada por gambiarras. Foram instaladas várias barracas que vendiam de tudo e onde funcionava a famosa quermesse que atraia muitos que tentavam a sorte nos sorteios das prendas. Era uma grande festa organizada pela Igreja Católica com a ativa participação dos carolas locais e atraía muita gente das cidades vizinhas, da zona rural e até da Capital do Estado. Estávamos sentados nos tamboretes na calçada do bar de papai (Zé Dantas), o Zi, eu e mais alguns amigos a ver aquele verdadeiro “formigueiro” de gente (a maioria de fora), a passear para cima e para baixo ao longo da Avenida Getúlio Vargas. O Zuca (saudosa memória), que jogava sinuca com um cigarro Minister apagado na boca e sempre se vangloriando que só quem fumava Minister em Itiúba era ele e seu Josias (saudosa memória), disputava com o Zi, as "comparações" jocosas sobre os transeuntes (sempre os de fora). Foi quando passou um rapazola todo prosa com a sua domingueira camisa de mangas compridas, porém um pouco amassada. O Zuca, com um olho na mesa de sinuca e o outro na porta da rua, foi logo dizendo: – esse aí tirou a camisa de em uma garrafa e tá todo metido. E o Zi rebateu na hora: – essa camisa veio dobrada numa caixa de lenço. E assim, não escapava ninguém. Todos ou tinham “chupado manga com febre” ou tinham “tomado defumador da pedra do arapuá”.
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