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Aqueles Bons Tempos

CINEMA
Autor: Idelson Carneiro

Aqueles Bons Tempos

 

Era o começo dos anos cinquenta. Eu, como toda a rapaziada na faixa dos 16-17 anos, levava aquela vidinha, sem perspectiva, sem ter absolutamente nada para fazer naqueles longos dias. Itiúba tinha, naquela época, acho que oito ou 10 mil habitantes. A grande novidade era o cinema, uma coisa fascinante que estava chegando à cidade graças à coragem empreendedora do itiubense Bertinho. Esse nosso conterrâneo “bancou” o Cine-Itiúba, por alguns anos, por ser um grande entusiasta do cinema e por amor à sua terra. Tive uma participação na história do Cine-Itiúba que, para mim, foi muito importante, principalmente para a minha formação profissional. Foi a minha primeira experiência na área da comunicação visual, atividade que exerço até hoje. Minha função era preparar as “tabuletas” que iam para as ruas informando os filmes que estariam sendo exibidos as quartas, sábados e domingos. As “tabuletas” eram pranchas de aproximadamente 1,50m X 0,80m onde colocávamos todas as informações sobre os filmes, tais como: horário de exibição, elenco, etc. Além de algumas fotos e cartazes, acrescentávamos alguns apelos de propaganda tipo: Sensacional, Emocionante, Espectacular, etc. Era o marketing da época. Lembro-me até do comentário de alguém que dizia ter visto numa dessas “tabuletas”, em alguma cidade vizinha, a seguinte informação: “Hoje, no cine tal, filme tal - “Cobói”, PORRADA COMO UM CORNO”. Astros como Errol Flynn, James Cagney, Humphrey Bogart, tornaram-se grandes ídolos daquela garotada. James Cagney chegou a ficar tão íntimo que alguns garotos já o tratavam como Jaime. Maravilha. Bons tempos aqueles.

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