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O Passado não é Tempo Morto

BRINCADEIRAS
Autor: Valmir Simões

O Passado não é Tempo Morto

 

Costumo dizer que quanto mais escrevo lembro-me de coisas que o tempo não vai apagar. Tempo de criança não se esquece e ainda mantenho recordações, por incrível que pareça, do nosso cineminha feito com uma lata de querosene, quando o Guiga, pai do amigo Lourival, residia no depósito do Valadares, bem no centro da nossa velha e amada Itiúba. Velhos pedaços das revistas Gibi, Flecha Ligeira e Mandrake eram cortados, colados e enrolados em um carretel com um arame grosso que passava de um lado a outro da lata e na extremidade formava uma manivela, que quando girava, por um buraco na lata, começava a passar as figurinhas. Uma brincadeira boba de criança, na sua plena ingenuidade. Por vezes dava um pulinho até a venda do meu pai ali pertinho e, com as mãos cheias de caramelo, distribuía as guloseimas com ele e sua irmã quando juntos brincávamos por um longo período. O amigo Lourival era uma pessoa muito querida do meu pai José Simões. Não deixemos que o passado apague as boas lembranças do nosso tempo de criança.

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