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O Diabolô ou Diarrolou
BRINCADEIRAS
Autor: Valmir Simões

O nome é, sem dúvida, confuso – alguns o chamam de Diarrolou, outros de Diabolô. O certo é que essa brincadeira era divertida e impressionava a todos que assistiam pela habilidade e destreza dos participantes. O brinquedo era composto por dois elementos principais: duas varetas amarradas pelas pontas com uma linha, geralmente daquelas usadas em prumos de pedreiro, e uma peça central feita de madeira torneada ou plástico resistente, em formato de pilão. Suas extremidades eram forradas com borracha fina, para amortecer os impactos e evitar danos à peça caso caísse ao chão.
O participante segurava as extremidades das varetas e, com o pé, lançava o pequeno pilão ao ar. A linha se encaixava em sua parte central, permitindo que, com movimentos controlados das mãos, o jogador o fizesse subir e descer de forma graciosa. À medida que ganhava velocidade, o movimento tornava-se ainda mais impressionante. Com a prática, o jogador era capaz de lançar o pilãozinho torneado a alturas superiores a seis metros, aparando-o com precisão na linha ao final da descida. Assim, o sobe e desce se tornava uma exibição fascinante de habilidade e concentração.
Essa brincadeira atraía olhares e elogios de quem a presenciava. Em Itiúba, tive o privilégio de conhecer um verdadeiro mestre dessa arte: o saudoso Zezito do Cinema. Ele era considerado um craque no Diarolou. Também ouvi dizer que o Nininho do Alto era outro grande nome da brincadeira, reconhecido por sua destreza. Havia, é claro, outros participantes, mas nenhum conseguia igualar o nível dos dois citados.
Curiosamente, essa brincadeira, que já era rara em outras localidades, eu só conheci em Itiúba. Talvez seja essa exclusividade que torne as memórias do Diarolou ainda mais especiais, lembranças de um tempo em que a simplicidade dos brinquedos criava momentos de pura magia e encanto.
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