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A Maldição do Mandu

BRINCADEIRAS
Autor: Hugo Pinto de Carvalho

A Maldição do Mandu

     

No meu tempo de criança em Itiúba, existia uma brincadeira para amedrontar ou assustar os menos avisados em noites escuras, o que era sempre constante com as costumeiras panes do velho motor da luz, que consistia em uma representação do que se chamava MANDU. A coisa era mais ou menos assim: um voluntário era devidamente preparado com uma enorme peneira na cabeça, um pau como um cabo de vassoura amarrado à frente da barriga simulando braços abertos e uma mortalha branca por cima de tudo amarrada na cintura por uma corda dando um aspecto meio sinistro ao personagem, que ficava percorrendo os lugares previamente combinados com a turma, principalmente as esquinas, pregando susto em que passasse e se deparasse com a tal figura. Por precaução, a turma ficava sempre escondida por perto para o caso de alguma reação mais brusca de quem ficasse assustado com o Mandu. A brincadeira era até engraçada, porém segunda a crença popular na cidade, a criança que colocasse uma peneira em cima da cabeça estava fadado a não crescer normalmente. Verdade ou mentira, o fato é que, por coincidência, todos que participaram da tal brincadeira do Mandu no meu tempo de criança na velha cidade, eu inclusive, hoje são todos baixinhos. Será que foi a maldição do Mandu? M I S T É R I O...

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