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O Alto do Vintém
BAIRROS, RUAS, PRAÇAS E LADEIREAS
Autor: Antônio Ricardo da Silva Benevides
O Alto do Vintém é o maior e mais populoso bairro de Itiúba e era lá que moravam noventa por cento dos açougueiros que tinham esta atividade como meio de sobrevivência. Os irmãos Zezinho, Antoninho e Manelinho lideravam o ramo desse negócio.
Outros açougueiros existiam, a exemplo de Antônio Vermelho, Simplício, Bertolino, Correinha da Pedra Solta, Cazuza, Joel e Menininho da Pedra do Dórea, Aurélio do Marimbondo, Abelinho e Chico Perninha, que eram auxiliados por Adelson, Adelino do Ló, Pedro Boceta, Herculano, Alfredo, Gilberto, Augusto, Biduga, Bila, Raimundo Malicia, João do Bode e Zequinha Fedor.
Os açougueiros residentes no Bairro do Alto, como também se chamava o Alto do Vintém, vendiam carne diariamente no velho açougue, onde hoje funciona a Cesta do Povo.
Havia, também, um pequeno açougue de propriedade do Sr. Clarindo Batista, que funcionava na Rua Monte Santo, o qual, mesmo naquela época, era dotado de modernas instalações. Seu Clarindo, como ele era conhecido, montava em seu burro castanho de nome Formigão, e viajava para fazenda Rompe-Gibão, de onde trazia boas reses que eram abatidas e depois comercializadas em seu bem cuidado estabelecimento, por preços módicos.
A propósito, lembro-me de um hábito interessante, isto é, quando alguém comprava um determinado corte que, por qualquer motivo, não agradava à dona de casa, a mercadoria era naturalmente devolvida e, para tanto, os colegas açougueiros promoviam o tradicional “Samba de Prato”, ou seja, retiravam os pratos das pequenas balanças e começavam a batê-los como se fossem instrumentos de percussão, o que deixava o vendedor escabreado.
Por outro lado, na centenária Cacimba do Vintém, eram lavadas as roupas dos moradores do referido bairro. A água aí usada não era, a bem-dizer, da melhor qualidade. Ademais, nas quadras de seca, o precioso líquido era também utilizado para o consumo humano, com certos riscos para a saúde coletiva daquela gente.
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