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Refresco de Papel
ALIMENTOS E BEBIDAS
Autor: Hildebrando Pinto de Carvalho (Banduca)
Muitos dos itiubenses nascidos nos idos de 1940, com certeza lembram-se do senhor Piroca Sapateiro, que ganhou o apelido de “Dentão”. Esse trabalhador era bom no seu ofício e também se destacava por criar filhos dos outros.
Lembro bem de um conhecido, seu filho adotivo, que era chamado pelo nome de GIBI. Era um garoto esperto e alegre. Não era um bom estudante na Escola Góes Calmon. Como colega sempre aprontava umas e outras. Cresceu e tentou seguir a profissão do pai. Tudo indica que não tinha habilidade para tal. Chegava a dizer para os íntimos que não pretendia ser “lambe-sola”, numa alusão a profissão do pai. Tentou ser alfaiate, padeiro, carpinteiro, sem sucesso. Até que apareceu com uma ideia genial: saciar a sede do sertanejo. Faltava dinheiro para gerir qualquer negócio e esbanjava criatividade. Mesmo assim levou a sério sua determinação de vender refresco na feira da cidade e nos povoados. Esta beberagem tinha o nome pomposo de REFRESCO DE ROSAS. Começou vendendo 20 litros e em pouco tempo vendia 100. Ganhou o seu suado dinheirinho para partir para outras atividades. Quando perguntavam o segredo do gosto e da cor da sua refrescante bebida, respondia que era segredo de estado e dava por encerrada a conversa. Embalado com os bons resultados financeiros das vendas do refresco de rosas, descuidou e sem querer abriu a guarda do seu ganha-pão. E aí os curiosos e até os invejosos descobriram que praticava um engodo sem precedente no mundo. O “Refresco das Rosas” era fabricado com água de cacimba e colorido com papel de seda vermelho amassado e açucarado a gosto.
A notícia chegou ao conhecimento de todos os seus fregueses e o nosso bom amigo “GIBI” desapareceu na esteira do tempo. Sumiu e até hoje não se tem notícia de que seus habituais consumidores tenham sofrido qualquer mal-estar ou doença provocada pelo inesquecível “REFRESCO DAS ROSAS DE PAPEL.
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