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Arroz Doce e Mingau de Milho
ALIMENTOS E BEBIDAS
Autor: Valmir Simões
Dona Maria do Mingau, uma antiga vendedora de várias guloseimas, fazia ponto na Estação da Leste, junto a um velho poste de ferro, na subida da rampa da calçada. A sua freguesia era mesclada entre carregadores, vendedores de frutas e funcionários da Leste. Uns pagavam por semana, alguns eram mensalistas e outros passavam o calote.
Pessoa simples, não sabia ler e escrever, pedia para o próprio freguês anotar o que consumia e quando este ia acertar, perguntava:- Dona Maria quanto lhe devo? - Sei não meu "fio", veja aí na caderneta, faça a conta. Os mais espertos, com certeza, procuravam driblar Dona Maria nas contas, mas Deus estava vendo tudo para acertar com ele no futuro. Ela sustentava a casa vendendo além do mingau e arroz, bolachinha de goma e beiju de coco. Mesmo depois do movimento dos trens, ela ainda permanecia ali, com seu tabuleiro e duas panelas de alumínio forradas externamente com toalhas de prato para manter a temperatura. Ao final do seu expediente, ajeitava na cabeça uma rodilha de pano, sobre essa o tabuleiro com as panelas vazias e em uma das mãos um tripé de madeira que se fechava nas extremidades. Lá ia Dona Maria de retorno a sua casa, para no dia seguinte começar tudo de novo.
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