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A Dupla Desafinada
ALCOOLISMO E ALCOÓLATRAS
Autor: Valmir Simões
Naquele tempo, mais ou menos em 1961, com os meus 17 anos, eu ainda residia em Itiúba e tinha um grande círculo de amizades, entre primos e amigos. Nos finais de semana sempre extrapolava tomando uns goles a mais de qualquer bebida que viesse pela frente e quando ia para a minha casa, na maioria das vezes, tinha a companhia fiel de um amigo que eu só sabia o seu apelido e nunca soube o seu verdadeiro nome próprio. Era conhecido por todos como Escoteiro. Era namorador e tinha muita lábia para as meninas, mas, na verdade, não pegava ninguém. Quando estava com algumas “cangibrinas” na cabeça, dizia. Vizinho, vamos sentar na balaustrada do Tanque da Nação para cantar em dupla, eu faço a primeira e você a segunda. Sempre com uma garrafa na mão enrolada em um pedaço de papel que escondia o rótulo de sua aguardente preferida: “Chora na Rampa”. Começávamos, então, a cantar Perfídia, Besame Mucho, Solamente Una Vez e uma infinidade de melodias românticas da época. Para nós a melodia estava ótima, mas quem por ali passava percebia a gritante desafinação, mesmo sem entender nada de música. Era muito engraçado, mas ajudava a passar o tempo naquela cidadezinha que não tinha nenhuma diversão a não ser o cinema e a Rádio Cultural. Mesmo assim sinto saudades daquele tempo.
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