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Os Banhos de Cacimba

AÇUDES, RIOS, RIACHOS, TANQUES E CACIMBAS
Autor: Fernando Pinto de Carvalho

Os Banhos de Cacimba

 

Um riacho temporário passava por dentro da cidade. Ele só "corria" quando chovia muito e a Barragem do Coité "sangrava". Às vezes demorava anos para isso acontecer. Mas quando as águas do riacho chegavam à cidade, era uma alegria para a criançada. Escondidos dos pais, todos corriam para as cacimbas do Dr. Napoleão, do Cazé ou do Sr. Ademir Simões.

A cacimba do Sr. Ademir era a melhor por ser maior e mais funda do que as outras. Mas o seu proprietário não permitia banhos lá. A casa dele ficava próxima e de lá mesmo ele dava tiros para cima e, algumas vezes, corria atrás dos banhistas com um velho bacamarte na mão, como se estivesse na guerra.

Diziam que o bacamarte estava sempre carregado com sal grosso e que a intenção dele era acertar o traseiro de um, mas isso nunca aconteceu. No final, ele só queria mesmo era amedrontar a turma.

 

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